4 de mai. de 2009

Tudo que eu sei sobre marketing, eu aprendi com Susan Boyle

ou os Sete Hábitos Altamente Efetivos Dos Cantores Escoceses Estranhos

(Post do dezpótico sobre lições do viral, com muito humor e realidade.
Gostei do exemplo, lembrou-me o último artigo que fiz pro iMasters - ainda não publicado, coloco aqui em breve!)

O quê podemos aprender com o viral de Susan Boyle?
Uma coisa é certa, ele é capaz de transformar um estranho qualquer em algo bem sucedido.
Simon Dumenco irá no texto abaixo estabelecer como se colocar no lugar e entender esse fenômeno de 47 anos que vive com seu gato Pebbles, e é claro… canta.


1. Acentue o lado negativo.

Eu morava em Baltimore, terra do cineasta John Watter’s, e eu me lembro dele me contando porque ele mantinha aquele bigodinho bagaceiro da espessura de um lápis todos esses anos.
Basicamente, o ponto de vista dele sobre seu estilo próprio era: Acentuar o negativo.
John sabia que era um cara peculiar e resolveu aceitar isso.
Todos ficam falando – e assistindo, assistindo.. – sobre a participante do reality show Britain’s Got Talent e o suposto triunfo de seu talento sobre seu “estilo” – aparência –; um sinal de que o que interessa agora é autenticidade. Já eu acredito em conformação. Conformação sobre sua dura realidade corporal: “Sou quem eu sou e isso sou eu”. Em sua performance, Boyle veste uma camisola legal, porém não faz questão de arrumar o seu “penteado”.
PS: Nass recentes aparições dela na TV, ela está mais arrumadinha, admito. Porém ainda é conformação… “Deus, ok, aqui esta minha sobrancelha, e deve existir algum método pra pentear isso.”

2. Se vais ser um esquisitão, seja um esquisitão bem bacana!(/b>

Autenticidade só funciona se é encantadora. É dito tanto sobre o quão feia é Susan Boyle, mas a verdade verdadeira é de que ela é até um pouco atraente – ler conceito no dicionário –. O que importa não é como ser, mas como fazer. Ela tem uma cara de mãe pastosa, mas é o jeito que ela age como mãe que faz a diferença. Sim! Aquele sorriso doce… você concorda comigo, que se ela fosse caixa do seu banco, ela seria sua caixa preferida, não é? Se ela escolhesse uma profissão assim, jamais precisaria cantar, e ainda seria um ícone local.
Em fim o marketing – não a parte que se refere a modelos e celebridades bonitas – já sabia de tudo isso (sobre este apelo de Susan Boyle). A indústria da publicidade vem iconizando estranhos amáveis durante décadas.

3. Venha equipado com sua própria desgraça

Poderia Susan Boyle se tornar uma figura mais brilhante pros Nossos Tempos Difíceis? Desempregada! Nunca foi beijada! Mora sozinha com um gato chamado PEBBLES.

4. Apenas cuspa a música perfeita

Em ambos, American Idol e Britain’s Got Talent, os jurados sempre mergulham na escolha da música, é algo que realmente importa pra eles. Susan Boyle, OBVIAMENTE, escolheu uma música que é a cara dela. Mas ela foi além, e escolheu uma música que não fala apenas de sua própria desgraça mas ainda fala sobre Nossos Tempos Difíceis. E o jeito que ela cantou, oh céus, tinha patriotismo naquilo! Era a praticamente o discurso de posse do Obama em forma lírica e inglesa.

5. Coragem é tudo

Ela é corajosa, o lado humanista de tudo é que ela derrotou todos seus inimigos – Simon e toda a platéia, audiência – com coragem. E no mercado hoje, para vender algo – principalmente você – é preciso muita coragem.

6. Todo mundo precisa de boas lágrimas hoje. Dê isso ao mundo.

Vamos citar a mulher do entretenimento Lisa Shwarzbaum sobre o poder de Susan Boyle nos fazer chorar: “O surpreendente poder artístico da peculiar, não beijada, solitária, Sra. Boyle fez me sentir em uma balada que não acabava nunca, o significado da graça humana. Ela abalou minhas defesas. Ela concertou o conceito de beleza. E eu não tinha idéia de como eu precisava deste corretivo até lágrimas escorrer em minha face.”

7. Caia nas graças do Google

Notícia no Washington três dias depois ao programa: “Sites que rastreiam visitas no YouTube e MySpace declararam que o vídeo de Susan Boyle somou mais de oitenta e cinco milhões de exibições. (Hoje já deixa essa marca bem para trás, se encaminhando para ser o maior viral de todos os tempos).

Como isso é possível? Graças a empresas como Google dispostas a colocar dinheiro de forma hemorrágica. Susan Dole que já tinha caído nas graças dos ingleses, caiu também nas graças do Google.

Texto por Simon Dumenco, colunista e mídia da Advertising Age
Traduzido e adaptado por Anthony Johann, autor do blog Dezpotico.com.br

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